O desafio silencioso de 1 em cada 5 gestantes: “Eu não conseguia nem ficar de pé”

Quando descobriu que estava grávida, Rebecca Middleton não imaginava que os últimos três meses de gestação seriam vividos sobre rodas.

Os primeiros meses foram marcados por fortes enjoos, mas foi no início do segundo trimestre que o quadro se agravou: dores intensas começaram a surgir na região pélvica, impossibilitando-a de caminhar.

“Eu mal conseguia me mover. Já havia sentido dor nas costas antes, mas nada comparado ao que vivi naquela fase. Tudo piorou muito rápido”, conta ela.

Ao relatar os sintomas, Rebecca foi encaminhada a um fisioterapeuta do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), onde recebeu o diagnóstico: um caso severo de dor na cintura pélvica associada à gravidez.

Esse termo médico abrange uma série de desconfortos na região pélvica, que podem se manifestar no púbis, na lombar, nas coxas e no períneo. Estima-se que cerca de 20% das gestantes enfrentem algum grau desse problema, que afeta ações simples do cotidiano, como subir escadas, caminhar ou até se vestir.

As causas ainda não são totalmente compreendidas, mas podem envolver fatores como histórico de lesões pélvicas, posição e peso do bebê, ou até a exigência física do trabalho da gestante (confira mais detalhes sobre sintomas, possíveis causas e tratamentos abaixo).

Rebecca lembra do medo que sentiu no auge da dor:
“Eu ficava angustiada pensando se voltaria a andar. Como eu iria dar à luz? Como cuidaria do meu filho assim?”

Apesar do grande impacto físico e emocional, muitas mulheres ainda desconhecem esse problema — ou acreditam que a dor intensa é uma consequência inevitável da gestação, quando na verdade, existem tratamentos e suporte oferecidos pelo sistema de saúde.